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A Origem do Chicletes no Brasil

        
        Segue algumas pesquisas que fiz a respeito do chiclete.

        O chiclete está na memória de todos nós, assim como cinema, revistas em quadrinhos, álbum de figurinha etc...
        Essa história do chiclete acredito que todo mundo vivenciou, tanto crianças como jovens e adultos principalmente nas décadas de 1930 a 1970 e até nos dias de hoje.

        O chiclete surgiu nos Estados Unidos no século passado. A criação desse novo produto se confunde  com a própria história do capitalismo. A produção em massa dessa goma de mascar foi incentivada pelo Dr. William Semple em Ohio em 27 de Julho de 1869, ele acreditava veemente nesse produto; e foi o dentista que aconselhou a todo mundo a usar o chiclete pois acreditava que era bom para saúde, movimentar as mandíbulas, que auxiliava na digestão, acalmava adultos e crianças além de fazer bem para a limpeza dos dentes.
        Ao longo dos anos o chiclete foi se tornando uma febre, um fetiche.
        Foi quando Thomas Adams em 1818 - 1905, transformou o chiclete num hábito mexicano, símbolo do capitalismo americano, que mais tarde fundou a American Chicle Company.
     
        Foto abaixo de Thomas Adams foi retirada de sua Biografia, segue o link da imagem no rodapé na foto. 

 
 
         A companhia cresceu muito e precisou de mais funcionários e mais máquinas.
        Com toda essa glamorosa campanha do chiclete o mundo todo ficou empolgado com esse produto; tanto é que ele chegou no Brasil na década de 1940 sendo a primeira fábrica da Adams inaugurada em São Paulo em 1944.
        As vendas aqui no Brasil foram tão boas e fez tanto sucesso que bateu recorde de vendas, sendo considerado o 3º país no mundo em consumo de chiclete.
        Esse produto não só foi de sucesso como também um produto lucrativo e que foi incorporado na sociedade brasileira.
        O meu interesse em falar do chiclete é afetivo, todos da época curtiam cinema com filmes de James Dean, Marlon Brando entre outros, que apareciam mascando chiclete com ar de provocação aos valores morais da época.
        O chiclete era realmente um produto americano que se deu bem nos costumes brasileiros.
        William Semple patenteou esse produto como uma resina ou massa estranha que não podia engolir.
     


        De acordo com estudos da Cadbury Adams o consumo dobrou nos Estados Unidos na década de 1990.
        Hoje produz 100 mil toneladas por ano. E esse valor corresponde a cinco vezes o consumo brasileiro. Esses dados estimulou muitos fabricantes no país; estima-se que no Brasil tem mais de cem empresas nesse setor como (balas, chicletes etc....). É um filão bem definido porque mexe com o emocional da garotada.
        Os adultos também se sentiram atraídos por itens específicos para a sua faixa etária, principalmente as gomas de mascar diet, por isso a consolidação da marca.
        Por volta do ano 2002 após a comercialização os chicles "Ping - Pong", com figurinhas da dupla Sandy & Junior venderam 160 milhões de unidades.



        O chiclete de bola sem recheio é o segmento mais competitivo do mercado infantil.
        Para se dimensionar o setor não parou de crescer nos últimos 20 anos basta acompanhar alguns números; de 1993 a 1996 a indústria de chocolates no Brasil aumentou sua produção em 53% enquanto que as balas  e chicletes chegaram a 46%. Isso significa um acréscimo médio anual de 17% e 15% respectivamente.





        Em 1998 os doces e chicletes eram exportados para 115 países que comprovam 400 mil toneladas produzidas por ano colocando assim como o segundo maior produtor de balas e confeitos ficam atrás dos Estados Unidos .
        A Associação Brasileira da Industria do Chocolate, Cacau, Balas, Amendoim, (ABICAB), faturou R$ 10,4 bilhões nesse seguimento.
        Os maiores compradores do Brasil eram: Estados Unidos, Argentina, Paraguai, África do Sul, Canada, Uruguai, Venezuela, Bolívia e Chile. Em 2007 42% das exportações foram para a América do Sul e os outros 22% foram  para a América do Norte e a porcentagem de 30% restante foram para : África, Europa, Oriente Médio, Ásia e o restante 6% para a Oceania.


        No Brasil doces e chicletes são vendidos em 600 mil pontos de venda; e quem vende mais são as padarias que deixam os doces e chicletes no caixa e a compra é feita por impulso na hora de pagar a conta.
        Cadbury Adams chegou em 2009 como líder no mercado brasileiro de goma de mascar e drops com 70% dos negócios - estima-se que só a venda de chiclete a Cadbury faturou 400 milhões em 2008 e suas maiores concorrentes são  a Arcor e a Perfetti Van Melle além das brasileiras Florestal e Peccin.

        Os sabores populares na produção dos chicletes são Tutti-Frutti, Hortelã, e Menta isso quando a Adams iniciou na década de 1940.
        A partir da ultima década do sec. XX tentou-se introduzir os sabores de : Canela, sem sucesso, mas outras foram testados e deu certo como: Morango, Acerola, Uva, Chocolate, Banana, Melancia, e Laranja.
        As regras para se manter no topo dos negócios são: "Marketing" agressivo "Inovação", e "Rotação de Sabores". O bom exemplo em 1982 foi o chiclete Bubbaloo com recheio líquido - cuja tecnologia foi levada para outros países com sucesso.

        É curioso saber que num mercado tão exigente,  o "Chicletes Adams" tenha existido desde o século XX como uma das marcas mais forte do mundo. A explicação é simples: - É formado por um público adulto, fiel aos itens de sua preferência e uma de suas formas estava na embalagem do produto a tradicional caixinha de duas unidades nas cores tutti- frutti (cor de rosa) e amarela (hortelã), e verde de (menta), a marca era tão forte que ficou 15 anos sem ter campanhas de publicidade.

        Quem observar as diferentes marcas do mercado nacional notará uma curiosidade: somente a Adams usa a palavra  "Chicletes". As demais se diferem ao produto como "Chicle", Chicle de bola ou de  "goma de mascar" é fácil entender porque - é uma marca registrada da Adams e portanto somente ela pode usar esse nome nas suas embalagens.
        O chiclete não é apenas um grande negócio para os fabricantes, passaram a fazer parte do hábito alimentar dos brasileiros. Em sete décadas a goma de mascar ficou marcante no imaginário de gerações de crianças que cresceram mascando e fazendo bolas e colecionado figurinhas. Causaram polêmicas e viraram ícone da cultura estrangeira no país.

        O  hábito de mascar é muito mais antigo do que se pensa. No Norte da Europa  e na Suécia foram encontrados vestígios de que enquanto a civilização ocidental estava engatinhando o homem já tinha o hábito de mascar.
        No caso um pedaço de casca de bétula, árvore natural da Europa cuja seiva é rica em açúcar.
        Desde os tempos primitivos os Esquimós cultivavam o hábito de mascar a pele de baleia para manter a mandíbula em atividade, portanto imune ao frio.
        Os povos Andinos mascavam a folha da coca e cal - a substância tinha a função de liberar o princípio ativo da folha de cocaína. Os espanhóis ficaram impressionados com os efeitos dessa experiência e o levaram para o velho continente. Embora os livros de história não falam muito sobre isso, a coca ganhou popularidade nos salões nobres europeus  - Londres, Paris, Madri, Berlim etc... Somente em 1857, alemães conseguiram isolar a cocaína e compreender sua composição química e seus efeitos sobre o corpo e a mente.
        Sabe-se que desde o século II, o chiclete era usado pelos índios da Guatemala que mascavam uma resina extraída de uma arvore denominada por eles de chicle - pronunciavam - "chi - cle", chi (boca) e cle (movimento). A civilização Maia no sul, de onde fica o México e que começaram a usar para estimular a produção de saliva e assim evitar que se tivesse sensação de secura na boca durante longas caminhadas. 


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